03/09/2012
27/08/2012
PALESTRA: CONSTRUÍNDO O DIREITO A SEXUALIDADE
A CASA DE
REFERÊNCIA EM PARCERIA COM A ESCOLA
ESTADUAL ALICE LOUREIRO PROJETO PEAS 2012. EU E O OUTRO: CONHECER, AMAR E CUIDAR.
REALIZOU A PALESTRA:
EQUIPE:
MICHELI VALENTE DOS SANTOS - COORDENADORA DO PEAS
WANILZA FOFANO DE ALMEIDA - COORDENADORA DO PEAS
LIDIANE MARIA FERRAZ ROSA – GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO PEAS
ROSIMERE DA CONCEIÇÃO MARTINS - GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO PEAS
MARGARETH PEREIRA DA COSTA BARROS GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO PEAS
APOIO:
CASA DE REFERÊNCIA E PESQUISA ACULTURA AFRO BRASILEIRA - Andrea Ribeiro de Oliveira- Pós – Graduada em Gênero, Sexo e Raça – UFV- Viçosa - MG 2011.
SOCIEDADE,
FAMÍLIA, ESCOLA, RELIGIÃO, LEI, GOVERNO. - ENFIM EU!!!!
A Sexualidade e Sociedade
} O
modo como ideias, valores e regras sociais (produzidos por homens e mulheres em
contextos históricos) são transmitidos, justificados e adotados como se
existissem independentes da ação humana, como se fossem imposições externas (“naturais”) que não
podem ser evitadas,combatidas ou modificadas, sob o risco de alterarem essa
ordem “natural”que garantiria a estabilidade e a reprodução da sociedade. Uma
construção “naturalizada”é percebida como dado inquestionável da realidade,
quando de fato as condições de ela ser considerada verdadeira são o resultado
de um processo social.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie2p4nNRSYvkGbuRfAELLi3o75pua6LgXuWLtOLNAh9bMH8xlZ6knM_1CifjdtFYHiiafj28iZlQVrUB-NpisBMAk6BLVm9QKHv7X7FPa0a5Enk_KZDxTGDG6v9v57FyByPhVN-2pjYjI/s200/escola.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1G7x3o3QQ4zF4raPgBfq5apAO84ViXIRKigbBzT37Iw3LNZDFkWpVbAOIfwLBat2RksqctG5If17W7uo4wJsoFn258aobqaqqNZtZCrRFpPqvb7ivizxJqE3iH9VuGAzT67JzNG2jK6c/s200/alunos.jpg)
} A
sexualidade, ao contrário do que se pensa, não é uma questão de
“instintos” dominados pela natureza ou apenas de impulsos, genes ou hormônios.
Tampouco se resume às possibilidades corporais de vivenciar prazer e afeto. Ela
é, sobretudo, uma construção. A sexualidade envolve um processo
contínuo, e não linear, de aprendizado e reflexão por meio do qual, entre
outras coisas, elaboramos a percepção de quem somos. Esse é um processo que se
desdobra em meio a condições históricas, sociais e culturais específicas.
Nascemos dotadas e dotados de determinadas capacidades biológicas. Todo o resto
se constrói e vai se formando ao longo da vida.
REFLEXÕES
} Há
formas de sexualidade que podem ser consideradas “”naturais”? Por que?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL5muwnwuhGDAX7MGQv8oqvHwcFgxiRk9gNcVSooTHCG6gdNcGC19YWt9jSD3wW5TTdnQNpbWOtS4Ut2CzHqBxPuVc1Dt6WXhc28p4dVNIkGlEbdCIOAu0VO6SRMtlBkYV2tNH2KL7OBA/s200/bolsa_familia_foto_felipe_gesteira_00671.jpg)
} Nossos
desejos podem mudar ao logo da vida?
} Por
que nossa sexualidade é tão importante para definir quem somos e como seremos
tratados por quem está ao nosso redor?
} Por
que as pessoas que não se comportam de acordo com o que socialmente se espera
de homens e mulheres são consideradas “anormais”?
} Como
a sexualidade se relaciona com a constituição de famílias?
} Como
a família nuclear heterossexual transformou-se em modelo ideal de família?
} O
que se diz sobre as famílias formadas por casais de mesmo gênero?
} Como
estes valores incidem na formação de crianças e adolescentes no âmbito
educativo formal?
} Como
a sexualidade se relaciona com a constituição de famílias?
} O
que se diz sobre as famílias formadas por casais de mesmo gênero?
} Como
estes valores incidem na formação de crianças e adolescentes no âmbito
educativo formal?
} Pessoas
podem ter seus direitos não reconhecidos por motivos que envolvam a sexualidade
e suas identidades sexuais?
} Qual
o papel da escola na promoção dos direitos sexuais das pessoas?
} Como
a escola pode se transformar num ambiente mais livre, seguro e formador de
cidadania, promovendo de fato a inclusão de todas as expressões da sexualidade?
“NINGUÉM
NASCE ODIANDO ALGUÉM PELA COR DE SUA PELE, POR SUA ORIGEM, POR SUA RELIGIÃO OU
AINDA PELA SUA SEXUALIDADE. PARA ODIAR AS PESSOAS PRECISAM APRENDER,E, SE PODEM
APRENDER A ODIAR, PODEM SER ENSINADAS A
AMAR”.
OBRIGADA.
ANDREA
OBRIGADA.
ANDREA
01/08/2012
Projeto A Cor da Cultura
O Projeto Cor da Cultura é uma iniciativa da Casa de Referência a Cultura Afro Brasileira, que foi fundada em 2009, com o foco disseminar a cultura afro entre os estudantes secundaristas e universitários, além de comunidades de Viçosa e micro região, resgatando a valorização histórica e a construção de uma identidade Negra inserida ativamente nas questões políticas, econômicas, culturais e sociais no Brasil.
O Projeto consiste na realização de ações culturais e coletivas que visam práticas positivas, valorizando a cultura afro brasileira sob um ponto de vista afirmativo, e tem como objetivo criar um espaço para manifestações multiculturais, que vai atender a estudantes e comunidades, que se propõe a gerar, difundir e incentivar as mais diversas manifestações da cultura afro brasileiras.
O foco do Projeto será o desenvolvimento social, cultural e intelectual da juventude das comunidades de baixa renda. Abrindo espaço para manifestações culturais como grupos de samba, pagode, dança de rua, dança afro, capoeira, etc. E também a autoridades, entidades ou grupos que queiram expor suas idéias.
OBJETIVOS
- O Projeto tem como objetivo principal difundir a cultura afro brasileira através das atividades culturais a quebra de invisibilidade, imposta a juventude pela sociedade de consumo. Mostrando a beleza da herança cultural africana e a influência dela, hoje, em nossa cultura.
- Possibilitar através das atividades culturais, o resgate da cultura local em contraposição aos modelos impostos pela indústria cultural comercial;
- Ser um espaço de formação e difusão da cultura, através dos diversos agentes e bens artísticos produzidos nas comunidades
- Promover a democratização e o acesso aos bens culturais pela comunidade e/ou bairros da periferia;
- Produzir, fortalecer, articular e divulgar os elementos da cultura afro brasileira;
- Proporcionar o conhecimento, a importância e a compreensão exatos sobre os Direitos Humanos, através de atividades de capacitação;
- Ser uma ferramenta dos jovens para registro da memória afro da comunidade;
- Ser um centro de formação de novos talentos nas artes, e ao mesmo tempo formador de novas platéias;
- Incentivar o debate e a visão crítica da juventude;
25/07/2012
Projeto Cor da Cultura
Vem ai o Projeto Cor da Cultura para agitar os domingo em Viçosa. Cada semana uma atração cultural diferente. E vamos começar com muito Samba no dia 05/08. Não percam!!!!
26/06/2012
Carta do Movimento Negro sobre a Rio + 20
CARTA DO RIO DE JANEIRO
Desenvolvimento Sustentável e
Erradicação da Miséria pela ótica do Movimento Negro
Reunidos no seminário “Desenvolvimento
Sustentável e Erradicação da Pobreza pela ótica do Movimento Negro”,
preparatório para a Conferência Rio + 20, realizado nos dias 28 e 29 de abril
no Rio de Janeiro, nós do Movimento Negro brasileiro declaramos que envidaremos
todos os esforços necessários em defesa do povo negro, dos povos indígenas e
dos povos vítimas do racismo, discriminação racial, xenofobia e diversas formas
de opressão e intolerâncias.
Uma síntese dos indicadores sociais
produzidos por diversas agências de pesquisas como a Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), Organização das Nações Unidas (ONU) dentre outras, nos permite
afirmar que nos últimos 10 anos, quase 22 milhões de pessoas saíram da situação
de pobreza extrema, graças aos programas sociais do governo. Hoje, no Brasil,
20% das famílias vivem de programas de transferência de renda através dos
recursos públicos como aposentadorias, “bolsa família” e assistência
social.
No entanto, cabe considerar que a
população brasileira extremamente pobre, ou seja, aquela que sobrevive
com menos de um dólar por dia, é estimada em 16 milhões de habitantes, dos
quais 9,6 milhões ou 59% estão concentrados no Nordeste. Do total de
brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema
pobreza (4,1 milhões de pessoas ou 25,5%). 51% têm até 19 anos de idade. 53%
dos domicílios não estão ligados a rede geral de esgoto pluvial ou fossa
séptica. 48% dos domicílios rurais em extrema pobreza não estão ligados a rede
geral de distribuição de água e não tem poço ou nascente na propriedade. 71%
são negros (pretos e pardos). 26% dos que tem 15 anos ou mais, ou seja, 4
milhões são analfabetos.
A realidade vivida pelas comunidades
quilombolas no Brasil e pelas comunidades religiosas de matriz africanas e pela
maioria negra, não parece ser muito diferente da época do Brasil escravocrata.
É diante desse quadro, que o Movimento Negro brasileiro realizou o Seminário
“Desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Pobreza”, nos dias 28 e 29 de
abril, com o objetivo de preparar a militância negra para participar da Cúpula
dos Povos, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
a Rio + 20, que será realizada em junho de 2012, na cidade do Rio de
Janeiro.
Entendemos que o agravamento das
questões ambientais tem atingido significativamente as comunidades negras,
submetendo-as a um quadro de injustiça ambiental alarmante.
Em quase todos os indicadores
econômicos e sociais, observamos a ampliação do abismo social entre negros e
brancos com relação a emprego, renda, escolaridade, acesso à justiça, poder. O
drama social acomete com maior gravidade a população negra, que habita as
favelas e periferias desestruturadas, torna-se presa fácil da criminalidade,
assiste seus jovens serem mortos pela violência urbana e nega oportunidades de
mobilidade social.
Cerca de 50 mil brasileiros são
assassinados por ano. Contudo, essa violência se distribuiu de forma desigual:
as vítimas são, sobretudo, jovens negros do sexo masculino, entre 15 e 24 anos.
O Índice de Homicídio na Adolescência (IHA) evidencia que a probabilidade de
ser vítima de homicídio é mais do dobro para os negros em comparação com os
brancos.
Temos assistido um silencioso
massacre dos quilombolas pelas empresas construtoras de hidrelétricas,
grandes proprietários de terras, latifundiários que roubaram as terras dos
povos indígenas e dos quilombolas e mineradoras que cada dia mais
avança suas minas sobre os territórios quilombolas e envenenam as terras
com pilhas de rejeitos e resíduos tóxicos. O terror do racismo no espaço rural
se agrava ainda mais com quilombolas sendo ameaçados de morte, comunidades
sendo manipuladas para assinarem documentação de venda ou cessão de terras com
o beneplácito das polícias estaduais.
O capitalismo é o grande responsável
pelas crises econômica, alimentar e ambiental. O modelo de produção e consumo
capitalista é incompatível com a preservação ambiental, como o uso coletivo das
riquezas naturais e com a justiça social.
Os verdadeiros responsáveis pela devastação das florestas, pela poluição
dos rios, mares, pela degradação dos biomas e insustentabilidade urbana em todo
planeta são os países imperialistas e colonialistas, por isso afirmamos que os
nossos povos não são responsáveis por tamanha espoliação dos seres humanos e da
natureza. Não apoiamos o principio da responsabilidade comum, pois cabe aos
países ricos o principal ônus da preservação. São nos países pobres e em
desenvolvimento que encontramos a maioria dos povos vítimas da degradação
ambiental, vítimas do racismo ambiental.
O Movimento Negro brasileiro compreende
os quilombos como verdadeiros territórios de resguardo da biodiversidade, como
verdadeiras escolas de diversidade cultural. No diálogo do Movimento Negro com
povos e comunidades tradicionais de matriz africana, fica cada vez mais
fortalecida de a idéia de que nós não somos responsáveis pela crise ecológica,
pela pré-agonia dos nossos ecossistemas como a Amazônia e o Cerrado ou que
restou da nossa Mata Atlântica.
Muito pelo contrário, o nosso ponto de
partida é a cosmovisão de mundo negro-africana que tanto para as comunidades
quilombolas quanto para os povos e comunidades tradicionais de matriz africana,
a terra é concebida como território de reprodução cultural vivo, e
portanto sagrado, ao contrario da lógica dos tecnocratas
eurocêntricos , que vê a natureza apenas como fator de produção e lucro,
matéria prima morta e os seres humanos como mercadoria e objetos de
descarte.
É com a perspectiva de perceber a biodiversidade como um
direito que o Movimento o Negro buscará ampliar o debate no campo da
ecologia política e dos direitos étnico raciais, onde diversas temáticas como o
desenvolvimento sustentável, racismo ambiental, justiça e ética ambiental se
interpenetram.
No centro das nossas reflexões impõe-se
a critica a denominada “economia verde”, cujo eixo principal tem sido a
mercantilização da natureza por parte do Capital. A adoção de políticas como:
sequestro de carbono, privatizações das águas, do subsolo, fazem parte das
estratégias de venda de bem público, que são os elementos da natureza, como
“serviços” que são passíveis de privatização.
Consideramos que a “economia verde” é
uma falsa saída para a crise ambiental e ecológica, porque os países ricos para
não abrirem mão de sua qualidade de vida e consumo propõe implicitamente um desenvolvimento
sustentável aos pobres, que na prática transforma o principio ecológico da
sustentabilidade em merchandising, e transforma os recursos da natureza e os
direitos dos povos em mercadorias, e assim mantém a desigualdade na posse e uso
das riquezas naturais.
O Movimento Negro não concorda com isso. Lembremo-nos da África do Sul
nos tempos do Apartheid onde a água era dos brancos e não um bem público.
Portanto, vamos intensificar o diálogo com a nossa população para a importância
da Cúpula dos Povos na Rio + 20 e a articulação com os povos indígenas e os
movimentos sociais, buscando a construção de pontes e pontos de convergência.
Exigimos que o Estado brasileiro
utilize sua influência política na Conferência Rio + 20 em defesa dos povos e
nações pobres e em desenvolvimento, que defenda sua população vítima da
ganância da elite capitalista brasileira e dos conflitos ambientais,
destacadamente, as comunidades quilombolas, as comunidades religiosas de matriz
africana, as comunidades tradicionais e das periferias dos grandes centros
urbanos.
Enquanto militantes e cidadãos, não
podemos, e não vamos permitir que o racismo nos submeta a violência simbólica e
física, e que inclusive destrua o nosso legado ancestral e espiritual africano.
Esse legado é libertário, ecológico e sagrado. A nossa emancipação é a tomada
da consciência negra, dos nossos direitos enquanto sujeitos de nossa história,
cuidadores do planeta Terra.
Rio de Janeiro, 29 de abril de 2012.
MNU – Movimento Negro Unificado
CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras
CENARAB – Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira
AMNB - Articulação de Mulheres Negras Brasileiras
FÓRUM NACIONAL DE MULHERES NEGRAS
CEAP – Centro de Articulação de Populações marginalizadas – RJ
ENEGRECER – Coletivo Nacional de Juventude Negra
UNEGRO – União de Negros pela Igualdade.
CONAQ- Coordenação Nacional de Quilombos
CNAB - Congresso Nacional Afro-Brasileiro
CIRCULO PALMARINO
REDE AMAZÔNIA NEGRA
ANCEABRA – Associação Nacional de Empresários Afro Brasileiros
CONAMI - Conselho Nacional de Mulheres Indígenas
APNs
- Agentes de Pastoral Negros do Brasil
COMISSÃO NACIONAL DE JORNALISTAS PELA IGUALDADE RACIAL (CONAJIRA/FENAJ)
SOWETO – Organização Negra - SP
SECRETARIA NACIONAL DE COMBATE AO RACISMO DA CUT
INTECAB – Instituto da Tradição e Cultura Afro-Brasileira
MONER
OFARERE MOVIMENTO AFRORELIGIOSO
Omokorins do Ilê de Oxaguian - MG
IPAC - Incubadora Afro Brasileira – RJ
AFRO BRASIL
CEDINE – Conselho Estadual de Direitos do Negro - RJ
INSTITUTO DO NEGRO PADRE BATISTA
ASCEB
MAMATERRA
BAZAFRO
CRIAR
REDE ALIMENTAÇÃO ECOSOL – BAHIA
CONAM NACÃO BLACK
GAICUNE - RJ
TJ NEGRO
COJIRA – RIO
NEGRA SIM
FENAFAL
ASHOGUN
NUCLEO DE COMUNIDADES NEGRAS DE OSACO
CEN - COLETIVO DE ENTIDADES NEGRAS
IGERE – MG
DANDARA MULHERES DO CERRADO
SINTERGIA – RJ
04/06/2012
Casa de Referência marca presença na Audiência Pública de Combate às Drogas
A Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou uma audiência pública nesta sexta-feira, dia 01, em Viçosa. Eles debateram a violência na cidade.
A reunião aconteceu na Câmara Municipal (Praça Silviano Brandão, 5, Centro) e foi solicitada pelo deputado Paulo Lamac.
A comissão de estudo iniciou, no último mês, uma série de visitas a instituições do Estado que atuam no tratamento a usuários de drogas. O primeiro local visitado foi o Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. Os deputados da comissão promoveram reuniões também no interior de Minas. Já estiveram nas cidades de Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro. Ipatinga e Timóteo, no Vale do Aço, também recebem a comissão, na quinta-feira (29). Após o término das discussões nestes municípios, o objetivo é elaborar um documento com proposições direcionadas à prevenção e ao combate às drogas.Durante a audiência os deputados, vereadores, representantes de entidades e escolas, entre outros, discutiram a situação das drogas em Viçosa.
A Casa de Referência e Pesquisa a Cultura Afro Brasileira foi convidada e marcou presença através da sua Presidente, Andréa Ribeiro, junto com Jaqueline Acácio, presidente da Casa Afro Religiosa Ilê Aiyê de Oxossi e Mestre Garnizé, Presidente da Associação de Capoeira Guerreiros de Zumbi.
Durante a Audiência foi aberto ao público o microfone para manifestações neste momento Andréa leu a carta escrita por ela sobre o assunto. O texto da carta você pode ler abaixo.
"O SER HUMANO TRANSFORMA SEU MEIO
PARA SOBREVIVER, E A CULTURA É O RESULTADO DA TRANSFORMAÇÃO DO SER HUMANO SOBRE
A NATUREZA BEM COMO AS CRENÇAS, NORMAS, PROIBIÇÕES, FOLCLORES, VALORES ÉTICOS E
MORAIS E TUDO QUE ADOTAMOS COMO VERDADEIRO, NUM PROCESSO CONTÍNUO EM BUSCA DE
UMA SOCIEDADE SADIA COM OPORTUNIDADES DESENVOLVIMENTO HUMANO, SOCIAL E CULTURAL
PARA TODOS. SÃO TAMBÉM AS NOSSAS HERANÇAS CULTURAIS QUE NOS TRANSFORMAM EM
SERES SOCIÁVEIS, POIS TRATA-SE DO PERMANENTE APRENDIZADO DAS RELAÇÕES HUMANAS.
CONVIVER NÃO É FÁCIL, POIS SOMOS DIFERENTES E NEM SEMPRE ESTAMOS DE ACORDO COM
OS PRÉ-CONCEITOS IMPOSTOS PELA SOCIEDADE, SURGE ENTÃO A BUSCA PELA NOVA
VERDADE, UMA VERDADE QUE TALVEZ NÃO
FOSSE VÁLIDA À OUTROS TEMPOS, MAS NUM DETERMINADO MOMENTO SE FAZ NECESSÁRIO. É
NESSE MOMENTO DE HOJE QUE SE FAZ NECESSÁRIO O RECONHECIMENTO, RESPEITO E
VALORIZAÇÃO DA CULTURA DO NEGRO, DO AFRO DESCENDENTE COMO CORPO DESSE PAÍS E PARCEIROS EFETIVOS AO COMBATE PREVENTIVO AS
DROGAS. A CASA DE REFERÊNCIA E PESQUISA DA CULTURA AFRO BRASILEIRA TEM COMO UM
DOS PARCEIROS EM SEUS PROJETOS SOCIAIS E CULTURAIS A ESCOLA ESTADUAL ALICE
LOUREIRO.
POIS
TER CONSCIÊNCIA DO PROBLEMA, NEM SEMPRE SIGNIFICA TER A SOLUÇÃO MAS COMPETE À
TODOS NÓS CIDADÃOS, DE TODAS AS ÁREAS, GARANTIR À CRIANÇA E AO
ADOLESCENTE, UMA VIDA SEM DROGAS, NÃO SÓ POR MEIO DE UMA AÇÃO ESPECÍFICA
CONCRETA, COMO POR MEIO DO PRÓPRIO EXEMPLO.
SABEMOS
QUE O CONSUMO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS PEDE SOLUÇÕES DE NATUREZA
PREVENTIVA, POIS SABE-SE QUE, AO SE FAZER PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO DE
DROGAS, SE ESTARÁ PREVENINDO ACIDENTES, COMPORTAMENTOS SEXUAIS DE RISCO,
PROBLEMAS SOCIAIS DIVERSOS, DELINQÜÊNCIA, PROBLEMAS DE SAÚDE FÍSICA E MENTAL,
ETC.
CABE AO GOVERNO JUNTO A SOCIEDADE
A CONSTRUÇÃO DE:
v
POLÍTICA
ORGANIZADA DE PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
v
ESTABELECIMENTO DE NORMAS DE CONTROLE SOCIAL,
PARA PREVENIR O USO DE DROGAS
v
SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES BÁSICAS: SAÚDE,
HABITAÇÃO, EDUCAÇÃO, PROFISSIONALIZAÇÃO, EMPREGO, LAZER E CULTURA
v
INCENTIVO AO ENVOLVIMENTO DOS JOVENS EM
SERVIÇOS COMUNITÁRIOS
v
INCENTIVOS
AO ENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS E JOVENS EM PROJETOS CULTURAIS.
HOJE
QUAIS SÃO AS CONSTRUÇÕES QUE POSSAMOS ESTA FIRMANDO,AQUI HOJE EM VIÇOSA PARA A
PREVENÇAO E COMBATE AS DROGAS?"
(Andréa Ribeiro - Presidente da Casa de Referência e Pesquisa à Cultura Afro Brasileira)
MESTRE GARNIZÉ RELATOU UM POUCO DE SEU TRABALHO JUNTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA CAPOEIRA E NA CONSCIENTIZAÇÃO DO PERIGO DAS DROGAS. |
28/05/2012
IX Prêmio Expressão Viçosa
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyTCrkUwFnuD-Bvg4sE4kuRW5OfDCFJDQXUqPllpvMz1H04ARhE7d_3G42WnDCIXGyXLF-Pqlc46Oq_Mv4WZoE4uENRsgZGUxhdl-Q8P4ZAPF8QZEh3TMnmgdMRyUldV_wsI7DVbnQKpg/s200/foto+11.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiftrqLAgX59rzDo4-5ISgUZxJnE6YQXS5QndIt4DSfqviLW3yFzVMPqvwKvDvJnwgHhg_kBaP_7EhB3xS_C4jxHVvfbubG7WJSjalOQYm6uINBflYRC1Y8MJTnO_IJgmJlY7JqvMo7xw/s320/foto+08.jpg)
![]() |
Andréa Ribeiro, Mestre Garnizé e Mestre Lau. |
![]() |
Andréa Ribeiro, Presidente da Casa de Referêmcia |
![]() |
Os Mestres de Capoeira Garnizé e Lau ( Associação de Capoeira Guerreiros de Zumbi) |
![]() |
Mestre Lau, Andréa, Prefeito Celito, Bruna e Mestre Garnizé. |
![]() |
Bruna, Lau, Andrea, Marise e Garnizé. |
![]() |
Membros da Casa recebendo o Prêmio. |
![]() |
Andréa Ribeiro e Geraldo Andrade, homenageados. |
![]() |
Andréa com Zé do Pedal. |
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