
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo a organização dos fundadores fez com que o Quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e do ferro não pensavam duas vezes, o destino era o tal Quilombo cheio de palmeiras.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O Mocambo do Macaco, localizado na Serra da Barriga, era sede administrativa do povo Quilombola. Um negro chamado Gangazumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.

O menino foi batizado pelo padre com o nome de Francisco. Foi criado e educado pelo religioso que lhe ensinou a ler e escrever. Além de lhe dar noções de latim e o iniciar no estudo da Bíblia, aos 12 anos. O menino foi coroinha, entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.
Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa da sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco, fugiu e foi em busca do seu lugar, o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros , o garoto chegou a Serra da Barriga. Como era de costume nos Quilombos, recebeu uma família e um novo nome. A partir deste momento Francisco passou a se chamar Zumbi, e logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos formou-se General de Armas do Quilombo, O que chamamos hoje de Ministro de Guerra.
Com a queda do Rei Gangazumba, morto após acreditar num pacto de paz com o senhor do engenho, Zumbi assumiu o posto de Rei e levou a luta pela liberdade até o final dos seus dias.
Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo Bandeirante Domingo Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, hoje Pernambuco.
Com tudo, em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que revelou seu paradeiro em troca de liberdade.
Zumbi foi capturado, torturado e decapitado, a mando de Jorge Velho. Sua cabeça foi colocada na Praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até a sua completa decomposição, para que intimidasse negros que ousassem seguir seu exemplo.

Os anos foram passando mais o sonho de Zumbi permanece, e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.
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